O frio seco dessa manha trouxe com ele lágrimas.
Lágrimas que escorrem sozinhas, lágrimas sem fundamento, lágrimas sem razão.
Por um lado sem razão, por outro de contentamento.
Através da janela se vê la ville rose plutot gris.
O vento que balança as árvores e lança folhas secas em minha piscina verde.
Abandono total.
De mim, do meu quintal.
Não procuro rimas, não sei pensar.
Não sei nem mesmo escrever mas escrevo, atrevida, procurando expor o que sinto, se é que sinto algo, na tentativa de provar para mim mesmo que ainda sou humana, cheia de erros de português e de caráter.
Talvez a única humana em um raio de 500 metros daqui.
Ou talvez não seja ninguém, talvez nem exista e tudo isso não passe de um sonho. Bem bonito.
Talvez até saiba sonhar. Mas não gosto dos meus sonhos, são puro clichê.
A França tem cheiro de mofo, de passado.
Uma tristeza encrostada em cada lugar, em cada pessoa.
Pessoas cujo o sujeito principal de todas as conversas é ´´Je´´.
Pessoas repetitivas, avessas ao changement, olhares frios, vidas corridas ou acomodadas demais jogando petanque nas pequenas praças dos bairros tradicionais.
Eu amo isso. Amo essa poesia e esse charme que carrega a solidão ate as cafeterias.
Nada tem cheiro nem sabor.
Mas amo de longe, do meu mundo aonde sou inatingível e bloqueada.
Meu mundo entre a poeira e as folhas secas na minha piscina verde, meu gato, a fumaça, minha filha.
E a poesia que o vento gelado traz junto com as bocas quentes e os sorrisos amarelos.
Ps: Banheiro fechado, va mijar la fora.
Ps2: Confessionario fechado, procure um psiquiatra.
Ps3: Nao faz a uoh heim? Eu pra quebrar esse bar e dois minutos.
Princesa de Paus
Há 3 horas
1 comentários:
O.O
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