E o dia se arrastou assim, longo, preguiçoso e incompleto.
Ninguém pode me obrigar a amar, ou a odiar, ou a tentar repelir sentimentos intensos que já fazem parte do meu corpo, palpáveis e vistos a olho nu.
A alma grita por liberdade, a mente a acaricia , tentando controlar a besta.
O peito se rasga em uma dor intensa parindo a minha verdade enquanto a carcaça da mascara usada vai ao chão, molhada de sangue e lagrimas.
O contato da sola do pé com o chão frio faz a nova pele se arrepiar, ainda nua de todas as mentiras e farsas, de todos os padrões impostos, de toda a hipocrisia já vista.
Sigo andando ao encontro do abraço quente e acolhedor que me fara explodir em mil orgasmos e morrer novamente.