Perturbações

Nada mais frustrante do que se sentir estagnada, presa, bloqueada por coisas ou forcas que agente não entende o que são.
A beleza da paisagem branca do meu quintal junto com o contraste de malas eternamente prontas me faz mal.
O que fazer quando as portas se fecham?
Será que somos obrigados a ficar quando queremos partir? Será que a ilusão que criei era tão fraca a ponto de não ter poder algum sobre a realidade?
Os oráculos me dizem que o momento e de pausa...mais pausa?
Enquanto sigo entre pausas, bloqueios e falta de acentos no meu teclado uma ideia surgiu, e Alice já esta cuidando de tudo...

Sonho: O ataque do avestruzes assassinos.
Genero: Terror
Sinopse: Um casal de irmaos veem seus pais serem mortos por uma manada (manada?) de avestruz que resolve atacar o povoado em plena europa medieval, epoca essa em que a populacao sofria com o inverno rigoroso e com a extincao das batatas.

Não case comigo, não irei colocar o despertador para tocar para que você acorde de manha, irei acordá-lo atrasado com beijos ou musica.

Não case comigo, não farei seu almoço!

Despejarei mel sobre o meu corpo para que você possa se alimentar de mim antes de voltar ao trabalho.

Não case comigo, não te telefonarei durante o dia.

Prefiro gastar meu tempo imaginando o que estaríamos fazendo se você estivesse em casa.

Não case comigo para que eu arrume a sua casa.

Mudaria os seus moveis de lugar, enfeitaria com flores, bagunçaria seu escritório, desorganizaria seus cd´s, amassaria seu jornal, usaria o seu lado da pia, dormiria no seu lado da cama.

Não case comigo para que eu busque seu chinelo, isso o cachorro faz enquanto você beija meus pés.

Não, não case comigo pelo jantar.

Beberíamos vinho enquanto eu te olhasse cozinhar e fosse experimentando os diferentes sabores e cheiros que tem o seu corpo.

Não amor, não case comigo para não dormir só.

Somente se for para dormir dentro de mim.

Menina bonita, o que você fez com a sua vida?

Agora entendi a freada do tempo, ele parou para que a imagem dos seus cabelos loiros banhados em sangue não seja esquecida.

Ele parou para que seus olhos perdidos se focassem em uma única direção.

Ele parou para me lembrar do que eu fui enquanto brincávamos juntas e do que sou depois que segui sozinha e você não parou...

Ele parou para te ver Ale, que se entregou ao ódio e a desgraça.

Somente um tiro poderia te fazer parar de saltar tao alto.

Somente a morte poderia te abracar agora, tao perfeita e tao selvagem.

Vitima de si mesma ou de uma realidade?

Rolei na cama até suar. No sonho, um beijo em um namoradinho de infância e a quebra de falsas expectativas.

Deixo livre...

Desde ontem o senhor do tempo esta me brecando, como se quisesse me avisar de algo que poderia dar merda...mais uma.

Merda por merda fico na minha mesmo, ou não.

O que tinha que ser feito, já foi. Era o encontro comigo mesma, através de uma terceira pessoa, as vezes util como gancho ou bussola, já que perdida sozinha é mais difícil de se encontrar.

A temperatura exterior era de 6 graus mas quando abri a porta de casa senti um calor imenso vindo de onde eu gostaria de estar.

Fui em silencio vendo o dia amanhecer atrasado, e voltei dentro desse mesmo silencio aonde me refugio até agora. Não quero sair dele, não quero mais falar.

E o dia se arrastou assim, longo, preguiçoso e incompleto.

Ninguém pode me obrigar a amar, ou a odiar, ou a tentar repelir sentimentos intensos que já fazem parte do meu corpo, palpáveis e vistos a olho nu.

A alma grita por liberdade, a mente a acaricia , tentando controlar a besta.

O peito se rasga em uma dor intensa parindo a minha verdade enquanto a carcaça da mascara usada vai ao chão, molhada de sangue e lagrimas.

O contato da sola do pé com o chão frio faz a nova pele se arrepiar, ainda nua de todas as mentiras e farsas, de todos os padrões impostos, de toda a hipocrisia já vista.

Sigo andando ao encontro do abraço quente e acolhedor que me fara explodir em mil orgasmos e morrer novamente.

Passei tanto tempo desejando o novo aqui nesse espaço que agora que ele apareceu travei completamente.

O inverno chegou com tudo e entre folhas secas caídas e ruas úmidas consegui encontrar um pouco de calor...um pouco não, um muito, que faz toda a diferença nessa estação.

Encontrei a resposta também para todas as minhas perguntas :

- Sim, e possível.

...é possível se emocionar ao sentir um coração batendo forte em outro peito.

...é possível dormir sonhando e acordar suspirando.

...é possível acordar com beijos e sorrindo.

...é possível se arrepiar com um simples toque.

...é possível se sentir vivo novamente.

Enquanto as folhas caem, eu me levanto devagar, meio preguiçosa com a sensaçao de ser completa.

Do alto de um prédio observávamos a cidade la embaixo, movimentada e fria enquanto brincávamos na escada de incêndio.

Era assim a infância na casa da Vó enquanto o Vô ficava la embaixo na portaria e nos trazia um picolé em forma de pé.

A Vó parecia feliz mesmo assim, mesmo em um apartamento. Fazia comidas deliciosas e brigava comigo por comer todo o pote de requeijão na colher.

São poucas as lembranças que tenho, mas precisava falar deles, incrivelmente lindos!

A mãe fala que o Vô foi do nordeste a S. Paulo a pé, e que depois nunca mais teve contato com a família mas contava historias de um pai da época do cangaço...acho que vem dai essa minha fixação por facas e peixeiras looooooool.

Muitas das historias da minha família foram perdidas por tantas migrações, do lado pai foi a bisa italiana para o Brasil, do lado mãe, o avo nordestino sofrido para São Paulo, meus pais de são Paulo para Minas e eu, de Minas para a Europa.

Somos assim, viajantes do mundo, sem medo de ultrapassar fronteiras e descobrir o novo. Um pouco cangaceiros, um pouco ciganos, um pouco loucos mas extremamente unidos em nossa forma estranha de amar.

Um brinde aos meus ancestrais viajantes que me concederam o dom divino da caminhada e da descoberta, que aonde quer que estejam, possam continuar a cuidar de mim, da minha filha, da filha da minha filha...

``O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói. `` Cazuza

Faz tempo que não vivo um Samhain com tanta intensidade, na verdade acho que nunca vivi.

Desde que me mudei para a Europa e me ´´desliguei´´ de antigas crenças e celebrações por ´´N`` motivos que agora não vem ao caso, não percebi o tanto que é intenso isso aqui.

Não percebi ou fingi não perceber.

Mas esse ano levei um tapa na cara, talvez o mais ardido de todos eles!

Nunca o ´´Deixe morrer o que precisa morrer´´ foi tão claro em minha vida e nunca lutei tanto para renascer como agora.

Posso até me ver tentando abrir um espaço entre as ´´ancas´´ para conseguir sair!

A morte esta por todos os lados, nas arvores, nos filmes, no cemitério aqui da rua de trás. A vejo face a face comigo e sorrindo, ceifando cada parte de mim que precisa morrer.

Morrer não doi.

O que dói é lutar contra a Dama da foice, e tentar se prender a coisas que não fazem mais sentido, sem perceber estou fazendo isso, mesmo sabendo que deveria me entregar.

Enquanto isso vou renascendo, a medida que ela me mata aos poucos, de maneira sádica, uma luz começa a apontar no fim do túnel.

Só quero terminar de morrer para terminar de nascer logo e deitar-me nos seios da minha nova mãe Vida.

Eu sei que já decifrei algumas partes de mim e que ate dei nomes a elas, mas algumas me assustam de verdade e eu sei que elas tem o mesmo poder sobre os outros.

Falar sobre demônios internos é complicado, aceitá-los mais ainda mas o pior é controlá-los. Isso eu não tenho a menor ideia de como fazer.

Tenho um lado destrutivo monstruoso, algo realmente enorme que me domina inteiramente e me deixa cega.

Inventar coisas que Dora é capaz de fazer e fácil, é pura ficção mas falar sobre o que realmente ela faz é que se torna impossível.

Já tentei prendê-la, mimá-la, adorá-la mas nada, nada disso adianta.

Sou expert na área de assustar pessoas, sempre fui, desde a adolescência quando Dora surgiu na minha vida.

Não sei se me encarar pode ofender aquelas pessoas que se identificam, ou se desperto nos outros o que eles tem de pior dentro de si, mas o fato é, eu sou um monstro ou no minimo tenho um dentro de mim.

Alguns livros dizem que as pessoas tem medo do que não é bonito, e é verdade. Geralmente estou cercada delas ate elas descobrirem Dora e fugirem correndo, assustadas.

Dai me vejo sozinha novamente, varrendo os cacos dos vasos que Dora quebrou e lamentando horrivelmente fatos que poderiam não ter acontecido.

Sou louca? Muito provavelmente, somente não queria ser mais...

-BONJOUR!!!! OUR!! OUR!!! ( eco)

Bom, parece que estou sozinha, sozinha não, estou comigo diante do espelho. Uma das coisas que mais gosto de fazer... me olhar no espelho.

O espelho reflete nada mais nada menos do que uma realidade paralela, não é a toa que é considerado mágico em vários aspectos e em várias culturas.

Está na hora de bater um papo legal comigo mesma.

-Você sabe que a culpa é toda sua não sabe? Você sabe que tudo o que acontece na sua vida é de inteira responsabilidade sua e se você não faz e não fez nada para evitar, então a culpa é toda sua! Salope!

Alice gargalha atrás de mim, enquanto me insulto diante do espelho.

Ela se senta no chão e começa a contar rindo, praticamente debochando da minha tragédia:

-Você sabe o que fiz enquanto o mundo estava prestes a acabar?

Pergunta verificando o esmalte das unhas.

-Não.

Respondo eu com medo de escutar o que viria a seguir.

-Eu transei com um cara no banheiro da boate, um putain de um delicioso cara, no banheiro da boate. Enquanto você sofria por um amor que pertence a mim, não a você. E se pertence a mim porque é que você sofre?

Calei-me diante tal reflexão. Ela tem razão, porque eu sofro?

Alice se levanta, vem até mim e segura minha cabeça me dando um beijo carinhoso na testa e em seguida, um tapa na cara.

-Acorda! Você sempre precipitada estraga tudo o que eu faço. Você tem tudo para ser livre aqui mesmo, chega de fugas, chega de correr atrás, são eles que tem que vir atrás de nos e não o contrário. Tira essa bunda de casa e vá buscar sua independência e sua liberdade. Do contrario irei eu, e te juro que não voltarei mais...

Fiquei dias sem falar exatamente de mim, simplesmente não conseguia, acho que ainda não consigo.

Estou com a sensação de que estou no olho de um furacão, por falar em furacão, foi com um tornado que sonhei.

Me lembro de vê-lo nascer e arremessar um carro longe bem perto de onde eu estava. Depois entrei em um carro com algumas pessoas e ele vinha atras, presos em um congestionamento desci, corri ate um beco e me protegi enquanto o vi passar na rua destruindo tudo. Quando olhei para o lado havia um pequenininho, girando na minha frente como se me olhasse.

Estou enlouquecendo com tantos sonhos.

Interpretação que encontrei:

Significado sonhar com Tornado.

Ver um tornado em seu sonho significa que você está passando por período de explosões emocionais e acessos de raiva.
Pode haver alguma situação ou relação que está vivendo que serve de estopim para estas crises.
Sonhar que você está em um tornado significa que você está se sentindo subjugado e fora do controle dos acontecimentos.
Seus planos, a curto prazo poderão passar por complicações e acontecimentos que estão fora de seu controle.
Ver vários tornados em seu sonho representa as pessoas ao seu redor que estão propensas a explosões violentas e variações de humor constantes.
Saiba que é apenas um período e que depois da tempestade, vem a bonança.

Fonte: http://www.livrodosonho.com/

A intensão do post de hoje era a de relatar uma aventura de Alice, mas acho que broxei...quem sabe amanha?

...haviam 4 mulheres na porta de casa, todas vestidas de preto menos uma morena baixa de óculos. Mas não lembro as cores de sua roupa.

Cumprimentei-as e essa morena de óculos me empurrou pra dentro de casa, me jogando no chão dizendo em espanhol que se eu fosse embora me mataria. Consegui empurrá-la de volta e ela caiu no chão com um rosto transformado, demoníaco, a quatro patas e rugindo,como um animal. Sumiram todas. E tudo que me lembro.

Acordei assustada e para minha surpresa, mais um sonho:

Mulheres reunidas, todas da minha família, inclusive algumas que não vejo a muitos anos e entre elas minha mãe, riam muito, conversavam, estávamos trabalhando em uma colheita de...bananas?

O motivo do riso era eu, tentando arrastar um cacho enorme ate onde elas estavam.

Nada do que busquei sobre o significado desses sonhos me pareceu coerente, mas devido a todas as mudanças que estou vivendo achei valido postá-los aqui.

Pode ser que meus posts fiquem mais raros mas farei de tudo para continuar, prometo! o/

Quando se começa um trabalho de mudança interior também temos que nos dar conta de que os resultados irão se refletir no cotidiano.

Existem coisas que não se pode esperar, e se teimamos nisso, se insistirmos e recusarmos a aceitar essas mudanças, a senhora da vida ou da morte aparece sem do nem piedade trazendo com ela a destruição total de tudo o que acreditávamos ser real.

Pois enfim, a destruição chegou, deixando somente cacos que não podemos e nem devemos tentar colar.

Agora e enfrentar o medo.

O que vem por ai, só os Deuses sabem, mas estou procurando ser forte, o máximo que posso, e rastejar para fora desse circulo vicioso o mais rápido possível...

Eu fiz strip na santa ceia, juro que fiz.
Depois de lutar contra a opressão e me sacrificar por um objetivo maior a vida me da de presente um Petit Gateau hipocondriaco.
Eu achava que a única louca da família era eu, mas não. Pelo visto a coisa e hereditária.
Hoje um telefonema da escola: - Madame, vient charcher la petite.
Ok, uma vez mais...meu coração quase sai pela boca, ela tinha desmaiado.
O impressionante era o ar corado e o sorriso com o qual ela me recebeu.
De boa, estou diante da futura ganhadora do Oscar, só pode.
O mais interessante de tudo isso, o suposto desmaio aconteceu segundos antes dos alunos saírem para um caminhada que duraria a tarde inteira. Não e muita coincidencia?
Não sei o que fazer, mas já já recebo uma visita de alguma assistente social para verificar se a criança não sofre torturas! Talvez ate seja presa por mimar demais minha filha!
Ela vive na enfermaria, com dor no cotovelo, nas costas, e na canela.
Vou ter 3 tipos de ataque já já ....

… dentro do carro, peguei um objeto e tinha uma aranha nele, marrom, media, levei um susto!

Tentei matá-la mas ela escapou, entrou na minha bolsa, nunca mais a vi, procurei, não sei se consegui matá-la, tive muito medo....

Aranha e um bicho que tenho pavor! Mas parece que elas nao tem pavor de mim, minha casa e lotada delas!

Aranha - Criatividade, a teia da vida, manifestação da magia de tecer nossos sonhos.

SIGNIFICADO:

Sonhar com aranhas é muito desfavorável. Ver uma aranha tecer a teia representa uma armadilha preparada pelos inimigos. Ver-se preso numa teia deve-se deduzir que certas pessoas espreitam o primeiro erro que se cometa. Mas matar aranha significa libertação de um obstáculo. Comer aranha é presságio de ruína completa. Deve-se acrescentar que a aranha representa também o medo da sexualidade. Grandes e negras- é um sinal de mau agouro; traição e rivalidade; cuidado com mulheres morenas. Pequenas- sua situação financeira melhorará, com a ajuda de parentes próximos. Os antigos livros de interpretação dos sonhos dizem que a aranha é um bom augúrio, sinal de boa sorte. É também o mandala, o centro de personalidade, devido à sua forma muitas vezes circular. No lado negativo, uma teia de aranha representa as dificuldades da vida e significa que você se sente sufocado. No lado positivo, conduz a um apelo à integração com o mundo e ao conhecimento de si mesmo.

Uma bolsa num sonho representa as responsabilidades que um tem. Se a bolsa está rompida, indica que leva um ônus muito pesado. Se sonha com uma bolsa cheia de lixo, quer dizer que está sobrecarregado de preocupações e problemas. Deve procurar como compartilhar seu ônus com outros.

Sonhar que esta dirigindo um carro, indica sua ambição, a sua unidade e a sua capacidade de navegar de uma fase de sua vida para outra.
Se esta dirigindo o carro indica papel ativo na forma como conduz sua vida.

Fonte: Varias

Finalmente o dia de fazer o Depoimento havia chegado. Batom vermelho, tubinho preto, cabelo preso e sapato de salto 10. Foi o que vesti para o fuzilamento, sim fuzilamento de perguntas.

Entrei em uma sala espelhada, com uma mesa e 3 cadeiras no centro do ambiente, mais no canto uma planta quase morta de sede, paredes de tijolos a vista pintados com tinta branca, que já estava suja.
Pela única janela, há 2 metros do chão, entrava um cheiro horrível vindo do restaurante ao lado, o ventilador de teto mal girava, certamente eu estaria acostumada ao cheiro antes de ele dissipar o mesmo.

Uma moça bonita, vestida com um terno feminino, segurando uma pasta de couro e desfilando apressadamente para dentro do recinto, se acomoda na cadeira a minha frente. Ela se apresenta, Samanta DeVille, tira de dentro da pasta três fotos, dispõe-as na mesa em fileira e olhando em meus olhos indaga:

- Você conhece essas mulheres?

Me estico um pouco para perto da mesa, afim de olhar melhor as fotos. Nesse instante várias lembranças correm em minha mente, choros, músicas, gargalhadas, gritos... Uma mistura de idiomas, imagens preto e branco e um eco ensurdecedor. Tento focar as fotos, elas pareciam que foram tiradas de longe, por alguém que espiava o seu alvo.

Na primeira foto da esquerda para a direita, Dora estava em um parque de diversões tirando um doce da mão de uma menininha. Na terceira foto, Alice estava tirando o soutien enquanto fazia um passo no pole de uma boate. Na foto do meio, como que querendo se esconder das duas ao lado, Thaty fechava as venezianas da janela de casa.

De repente saio do transe com a pergunta incisiva e agressiva da mulher:

- Você conhece ou não essas mulheres? Não tenho o dia todo.

Engoli seco, olhei fixamente para a bela moça e disparei:

- Sob que acusação está sendo embasada sua pergunta?

Pronto, até ela responder, pegar papeis, provas e chamar advogado, eu teria um tempo para pensar no que dizer.

Continua...

Alguns indivíduos sentem uma necessidade incontrolável de foder com a própria vida. Não gostam da paz, não a suportam. Se não tiverem com quem bater de frente simplesmente enlouquecem...

Pois é, Madames e Mesieurs, o que todos esperávamos aconteceu. O croissent-barba-blue retirou a queixa contra Dora e ela saiu da prisão, não sem antes cuspir na cara dele, claro.

Mas ele ama isso, ele simplesmente adora ter contra quem se debater diariamente.

Enquanto eu buscava meios de me encontrar, Alice buscava meios de encontrar o outro e a Petit Gateau arrumava dores hipocondríacas, ele se viu sozinho e foi buscar quem? Dora.

Eis que na saída da delegacia o policial ainda não acredita:

- Senhor, essa mulher vai te matar!

Resposta da nossa adorável, meiga e delicada Dora:

-Essa é a escolha dele, cala a boca imbecil!

O caminho para casa poderia ser silencioso se não fosse as bolas de chiclete estouradas a cada cinco minutos por nossa amiga que pensava em mais algum plano infalível para...bem...matá-lo, obviamente.

Em casa , festa! As quatro reunidas dançamos na sala ao som de waka waka e bebemos champagne.

• Vem ai um grande dia! Aniversario de mais um ano em que o croissent-barba-blue sobrevive as investidas de Dora, com direito ao Blue eyes, vinho e dança...a noite promete, comemora Alice já pensando no que vestir para seduzir enquanto Dora pesquisa na internet venenos para matar a todos, e eu, bem...eu só vejo tudo gargalhando, já sabendo o final feliz que essas loucas me proporcionam enquanto fazem da minha vida monótona uma verdadeira comedia de Eu ,eu mesma e...não, não é a Irene.

E mais nada...

O frio seco dessa manha trouxe com ele lágrimas.
Lágrimas que escorrem sozinhas, lágrimas sem fundamento, lágrimas sem razão.
Por um lado sem razão, por outro de contentamento.
Através da janela se vê la ville rose plutot gris.
O vento que balança as árvores e lança folhas secas em minha piscina verde.
Abandono total.
De mim, do meu quintal.
Não procuro rimas, não sei pensar.
Não sei nem mesmo escrever mas escrevo, atrevida, procurando expor o que sinto, se é que sinto algo, na tentativa de provar para mim mesmo que ainda sou humana, cheia de erros de português e de caráter.
Talvez a única humana em um raio de 500 metros daqui.
Ou talvez não seja ninguém, talvez nem exista e tudo isso não passe de um sonho. Bem bonito.
Talvez até saiba sonhar. Mas não gosto dos meus sonhos, são puro clichê.
A França tem cheiro de mofo, de passado.
Uma tristeza encrostada em cada lugar, em cada pessoa.
Pessoas cujo o sujeito principal de todas as conversas é ´´Je´´.
Pessoas repetitivas, avessas ao changement, olhares frios, vidas corridas ou acomodadas demais jogando petanque nas pequenas praças dos bairros tradicionais.
Eu amo isso. Amo essa poesia e esse charme que carrega a solidão ate as cafeterias.
Nada tem cheiro nem sabor.
Mas amo de longe, do meu mundo aonde sou inatingível e bloqueada.
Meu mundo entre a poeira e as folhas secas na minha piscina verde, meu gato, a fumaça, minha filha.
E a poesia que o vento gelado traz junto com as bocas quentes e os sorrisos amarelos.



Ps: Banheiro fechado, va mijar la fora.
Ps2: Confessionario fechado, procure um psiquiatra.
Ps3: Nao faz a uoh heim? Eu pra quebrar esse bar e dois minutos.

Policial:
- Senhora, consta aqui em sua ficha que a senhora já tentou matar esse homem 37 vezes, é verdade?
Alice aponta o dedo na cara de Dora e ri:
-Alaaaa chamou de senhora, chamou de velha, eu não deixava.
Dora responde furiosa:
- Senhora é a puta que te pariu, e sim já tentei e vou continuar tentando, mas essa praga não morre, ele é pior do que o Highlander.
Policial:
- Senhora terei que encaminhá-la até a delegacia, a senhora e um perigo para a vida desse cidadão.
Dora:
- Senhora é a puta que te pariu, sempre estive presa por ele, bora la!
Já na cela Dora andava de um lado para o outro. Sufocada, procurava meios de tentar escapar.
Uma colega de cela se aproxima com um baseado e oferece para ela:
- Toma, vai ajudar a relaxar...
Dora pega, traga e devolve o back para a mulher chutando a grade em seguida:
- Preciso sair daqui!
-O que você fez? Pergunta a companheira.
-Tentei matar o desgraçado do marido da minha amiga mais uma vez, e falhei.
-Você é meio incompetente então! Gargalha a mulher.
-Cala a boca vadia. Você não sabe de nada.
Da pequena janela da cela se podia ver a lua cheia por entre as grades, Dora da um soco na cara da companheira de cela e termina seu baseado sentada ao lado da mulher desacordada.
- Alice, agora é com você...

Eu e minha taça de vinho estávamos batendo um papo maneiro.
O que são desejos?
Eu já desejei o impossível, já pratiquei o impossível mas em mim ainda existe algo que me bloqueia. E nesse ponto, só sei que sou eu mesma.
Livre de tabus, livre de rótulos. Digamos que sou uma mulher moderna ´´cabeça´´ e cheia de ideias loucas.
Me lembro uma noite em que Alice dormiu ao lado de uma amiga lésbica sem toca-la, demorou a dormir, sentia um tesão incontrolável pela outra fêmea que estava ali, a espera de um sinal pra avançar, mas ela recuou.
Alice esfregava uma coxa na outra sentindo uma dormência fora do normal por entre as pernas. Mordia o travesseiro, com uma vontade louca de avançar o sinal e possuir aquela mulher que estava a seu lado melhor do que qualquer macho poderia fazer.
A respiração estava ofegante e ela a comia mentalmente, em seus delírios.
Sua amiga via em Alice uma hetero ´´louca por penis´´, nunca ousaria.
Foi a noite mais perturbante de sua vida.
Depois dessa noite ela fez, sim ela fez. E fez muito bem! Uma verdadeira profissional.
Se Alice fosse um homem não comeria tao bem uma mulher como ela foi capaz de comer.
Ela adorava sentir estar no comando, sentir os tremidos do corpo da mulher a cada toque de sua língua por entre suas pernas. E o sabor...hummm... o sabor que tinha era inigualável.
Mas Alice não tem limites.Isso faz dela o que os rótulos dizem ´´Bi eventual´´.
Ela é eventualmente dominadora e eventualmente dominada.
Ela não possui dono, nem amarras.
Ela é pele, cheiro, sabor.
Ela é o macho que penetra e a fêmea que escorre pelos seus dedos.
Ela é simplesmente...desejos.

Petit Gateau: - Mãe, quando eu crescer quero ser modelo.
Eu:- Que otimo filha, mas na sua idade todas as meninas querem ser modelo.
Petit Gateau: - Não mãe, tenho uma amiga que quer ser dançarina de bordel.
(silencio)

Ainda me espreguiçava quando meu travesseiro sussurrou algo como "Hey, volte pra cama! Hoje vai dar merda". Mas eu ignorei ele, segui em frente. Coloquei uma roupa qualquer, passei escova nos cabelos e fui para a sala.

Por que ignoramos os avisos dos amigos? O travesseiro me entende, ele seca minhas lágrimas, ele limpa minha baba, ele abafa meu ronco.

Antes que pudesse me arrepender, já tinha lido as primeiras linhas daquele papel branco que estava despretenciosamente em cima da mesa de jantar. Logo no inicio dizia "Você foi intimada para depor..."

A primeira coisa que se passou na minha mente?
Dora! Claro que foi nela que pensei primeiro, não conheço outra criminosa que eu possa ter a figura ligada.
Eis que me ponho a pensar "Que porra Dora fez dessa vez que até eu to no meio?"

Quem poderia saber algo era Thaty. Já com aquela enxaqueca iniciando, peguei o telefone e liguei pra ela... TU TU TU dizia do outro lado da linha. Dei aquele sorriso amarelo, de canto de lábio. Com as mãos suadas disquei o numero da Alice, sempre que Thaty não atendia, é porque estava com Alice.

"Você ligou para a pessoa mais gostosa que possa conhecer. *gargalhada* 
Mas nesse momento estou com as mãos e boca ocupadas. 
Após o gemido deixe seu recado, que depois da ressaca eu retorno. *gemido de um homem gozando*

Beijos Bee!"

Maldita secretária eletrônica.

OK, a partir dai eu entrei em pânico. A enxaqueca já se tornara uma dor no corpo, acompanhada de calafrios, tonturas e um aperto no peito. Por que eu não ouvi meu travesseiro? Só me restava uma coisa a fazer, ir prestar depoimento.

Continua...

A guerra começou.
Estou decidida a lutar pelo fim das amarras.
Não sou fantoche.
Pretendo acabar com quem ousar cruzar meu caminho na busca por...eu mesma.
Em casa esta nevando, mas só em casa.
A temperatura chega a 33 graus abaixo de zero, e as rajadas de vento trazidas quando os olhares se cruzam aumentam ainda mais o frio.
Gelou, completamente.
Dora se diverte, vestida literalmente para matar, com faca, fuzil e o que ela tem de mais assustador, as palavras.
Alice também ri, mas da cara de Dora:
-Aonde você vai com essa faixa de rambo na testa?
Dora culpa Alice, que culpa a mim, que culpo Croissant, que me culpa novamente.
Eu também culpo Alice.
A questão não é lutar por alguém, e sim por uma causa. Independente de meus sonhos se tornarem realidade um dia, ou não. Tenho o direito ao menos de sonha-los. De tentar, de errar, e de as vezes até acertar.
São riscos, e preciso deles. Me alimento deles.
Tudo o que eu desejo é desejo, intensidade, cor, vida. Nada mais.
Cansei de esquilos, posso ter mais que esquilos no meu jardim, alias, acho que vou matar todos eles.

Encaixe perfeito ou pressa do destino?
Eis a questão...meu medo é que na verdade ele esteja me pregando uma peça, isso sim! Isso se ele existe né?
Pois acho que existe. Na visita do passado, em um outro embrulho que abri, que não era bem um embrulho, mas sim uma cesta coberta por um pano branco, havia um bebe.
No susto quase joguei longe, mas o passado me disse que ele se chamava futuro e que era um recém nascido, delicado, que precisava de cuidados.
O que mais me assustou foi perceber que aquele bebezinho lindo era cego. Ele nunca enxergaria para aonde iria engatinhar ou andar, quem deveria indicar os caminhos, era eu.
Sentei-me com aquele bebe no colo e fiquei observando-o atentamente. Sua pele era lisa, completamente sem marcas. Ao contrario do gordao que já era todo marcado pelo tempo.
Chorei. Estava diante da minha vida e quem indicaria os passos dela seria eu.
Pânico, era muita responsabilidade. E se aquela criança batesse a cabeça em alguma quina e morresse? Perguntei.
O passado me respondeu serio:
- Se isso acontecer te trarei outro. Mas provavelmente deficiente. E você vivera com o remorso eterno de ter fodido a vida.O futuro é cego porque todos são, é assim que tem que ser. Mas se você errar com esse, o próximo será bem mais complicado de lidar, portanto, cuidado. Mas pode trata-lo como uma criança normal, brincar com ele, brigar com ele e ate coloca-lo de castigo. Ele aprende tudo e muda de direçao sempre. As vezes as que você escolhe para ele, as vezes as que ele mesmo escolhe.
Dizendo isso ele se levantou se despedindo mas dizendo que voltaria em breve. Eu fiquei ali na sala com meus embrulhos e o meu bebe. Enquanto Dora reclamava que ele choraria de noite, Alice brincava com ele e eu, eu so chorava.

Consultando sobre o futuro na net encontrei:

Coisas que acontecerão (ou não)

• Hitler reencarnará e vai liderar o partido emo alemão.
• Dercy voltará (se voltar ela não morre nunca mais).
• um Losango Aberto Invertido acontecerá perfeitamente após décadas.
• Chaves vai sair do ar, definitivamente no SBT.
• Outro fi-di-puta com certeza vai comer tua irmã.
• O fim do universo.
• Você vai queimar a rosca pela 1ª vez.
• Você vai morrer.
• Baratas não irão morrer.
• O Bino não vai correr.
• Seu cu vai arder de hemorróida.
• nxzero E restart vão acabar.(AMEM SENHOR)

Fonte: Desciclopedia.

Tava muito serio essa porra -.-

Busca, desapego, impulso, excitação.

No louco, tudo é leve e solto. Isto pode trazer inquietação e atividade, pode trazer mudanças àquilo que está estagnado. O cão tenta avisá-lo do precipício que tem à frente, mas parece que ele nem percebe, por estar distraído a olhar a borboleta, livre. Simboliza o desligamento da matéria, uma história a ser vivida, continuar vivendo a vida sabendo que algo surpreendente poderá acontecer e aceitar esse fato despreocupadamente. O acaso irá resolver tudo. Pode ser interpretado como despreocupação, curiosidade de experimentar coisas novas ou até mesmo um pouco de confusão. Também pode significar que o Louco partiu em busca de algo que procurava, como um desejo que de repente extravasa, uma busca que foi sufocada durante muito tempo. Geralmente o conselho é seguir a espontaneidade e estar aberto para tudo aquilo que a vida tem a lhe oferecer. Deve-se aceitar que você é um aprendiz da vida...

Chega de brincar de sofrida, já deu. Isso não combina muito comigo.
Quando o passado resolve tocar o interfone e você vê aquela cara gorda dele com um sorriso estampado e os braços cheios de pacotes de presentes através da camera, leva um certo tempo para se decidir se quer abrir ou não.
Pode ter de tudo naqueles pacotes. Jóias, bijuterias e ate bicho morto em avançado estado de decomposição.
Eu abri, e o que encontrei nos pacotes foram verdadeiras jóias, fragmentos de mim mesma que andaram perdidos por ai, por esse mundão de meu Deus.
No primeiro pacote de embrulho vermelho e laço bonito, encontrei a minha capacidade de amar, de me apaixonar, e toda a minha intensidade que andei perdendo nas minhas andanças.
No segundo pacote, amarelo, encontrei um tarot que continha no lugar dos desenhos dos arcanos maiores, velhos rostos conhecidos, velhos amigos. Rostos esses que não mudam, não envelhecem nunca. Rostos de uma época em que fazíamos merdas e culpávamos os Deuses. Se bem que acho que de uma maneira ou de outra continuamos fazendo isso...
Delicadamente embrulhei esse tarot em um pano de seda amarelo e o guardei comigo, não quero mais me separar dele, vou tirando uma carta por dia, como fazia antigamente e rindo sozinha, quietinha com tantas lembranças boas.
O terceiro embrulho era rosa e dentro dele tinha a vaidade em pessoa, com todos os prós e contras que ela carrega, inclusive a vontade de viver, a coragem de encarar o mundo admitindo-se como somos e exaltando o que temos de melhor...
Nesse instante me encontro sentada na sala de estar com o passado tomando une coupe de champagne. Ele merece, me trouxe de volta para mim e estou feliz com isso.
Caralho! me lembro de um carnaval em um sitio em que a Erika me acordou bem louca:
-Di, Di, me perdi, por acaso voce não me viu por ai?
o.O


Ainda tem muito pacote para abrir...
Medooooooooooooo /o\

Mais uma noite que Alice passa com ele pelo msn a fazer planos.
Juras de amor eterno, palavras de conforto e segurança, lembranças...
Acho que ela passaria a vida ali dentro daquele quadradinho feito para escrever. Já faz quase uma semana que ele se tornou o quarto dos dois.
Ela conta os dias...
De manha o medo a corrói por dentro, a sensação de mentir, enganar e trair faz subir a adrenalina em doses cavalares.
-Adultera! adultera! adultera!
Grita Dora na minha cabeça gargalhando.
The Blue eyes perdeu a graça.
Mas o resto do mundo esta mais colorido.
Só há uma coisa nisso tudo que fico olhando de fora, de queixo caído. Eu nunca vi a Alice ter medo. E ela ela não tem, eu tenho.
Medo definição: Sensação de ´´vai dar merda´´ antecipada. O medo pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor.
Mas qual é a origem do meu medo?
Voltando ao inicio dessa historia, ou melhor, ao que pensávamos ter sido o fim dela, encontramos Alice dentro de um carro sendo trazida de volta para a França obrigada por sua mãe que fez de tudo para interromper sua relação amorosa com esse tal homem porque...ela é má.
Eu tenho um sério problema com essa progenitora que teima em escrever o destino de sua cria com a cruel explicação de que ´´será melhor para você, vai por mim´´.
Ela foi por ela e dois anos depois se encontra na atual situação, um quadradinho de escrever no msn.
A progenitora não esta mais aqui mas seu fantasma esta, perturbando a minha mente, fazendo eu me sentir culpada por tentar ser feliz.
Isso faz algum sentido? Para mim não.
Alice é de maior, vacinada e tem medo da mamãe? do que a mamãe vai dizer? Se sua própria cria apoia a ideia, se a mamãe não a sustenta mais, aonde esta o medo?
Alice não tem medo, eu tenho.
Pensando bem...ele não deveria existir.
Felicidade e um conceito relativo, cada um tem o seu.
Para mim, felicidade se iguala a liberdade, a aventuras. Se não vivo isso morro aos poucos, seca por dentro.
Alice esta diante de dois caminhos, viver sendo ela para sempre ou morrer me deixando aqui sozinha com a Dora.
Não quero matar Alice.

Silencio total.
-Xiuuuuuu não fala nada! Me diz Alice no momento em que penso em abrir a boca.
Então fecho os olhos e finjo dormir, para continuar sonhando acordada. Não dura muito, alguém me chama, o telefone toca ou o gato mia. La vem eles, todos eles devorarem meus sonhos furiosamente. Arrancar de mim uma felicidade momentânea, mesmo que ilusória.
Dora tenta me defender, sempre cruel e insensível, mas cuida de mim como um cão de guarda e em um dos seus gritos ensurdecedores, palavras cruéis.
Dora é um monstro. Alguém sem piedade, sem ´´politesse´´, sem compaixão...
Mas é ela quem me defende, quem protege meu espaço.
Me lembro quando a vi pela primeira vez na escola. Alexandre não parava de puxar meu sutian fazendo estalar nas costas. Slapt! Uma, duas, três vezes. Dora se virou e jurou vingança.
No recreio da escola Dora chamou Sulivan, o mais forte da turma em um canto e propôs pagar-lhe o lanche todos os dias pelo resto do mês para ter paz.
Na saída, uma briga horrível, Sulivan e Alexandre rolavam no chão como dois animais e Dora sorria.
Ela é assim, cruel, fria e manipuladora. Digamos que seja um triângulo. Eu invento, Alice concretiza e Dora destroi, sem do nem piedade.
Ela é aquela criança ma que ao ver a outra terminar um castelo de areia passa chutando tudo só pelo prazer de escutar o choro alheio, inclusive os meus castelos. Só depende da vontade e dos caprichos dela, nada mais.Ela é o Panda do Never say no to Panda (vide youtube).
Admito sua importância, mas não concordo com seus métodos. Toda vez que preciso fazer algo que não tenho coragem, terminar algo ou brigar com alguém, chamo Dora e sempre me arrependo no final.


Music >>>>>>>>> Back to Black- Amy Winehouse

Saindo do banheiro feminino com Constanza, Alice da de cara com ele, o do hotel, o do bar do hotel.
Tantas coisas não foram ditas, tantas coisas foram escondidas e agora do nada tudo vem a tona, como um furacão.

Os coraçoes se cruzaram novamente, e aquilo que ela pensou que havia ficado em Leon voltou, mais intenso do que antes.
No momento do choque entre as almas, recuerdos...

Ela estava acordando, se arrumando para ir trabalhar quando uma mensagem em seu celular dizia: *Estoy en Barcelona, en nuestro hotel*.
O mundo parou, ali naquele instante. Do outro lado do espelho eu sorria para Alice e dizia: -Vaaaii!!
Alice ligou para o chefe simulando quase um desmaio, em seguida enfiou um monte de roupas que não combinavam entre si dentro de uma mala pequena e saiu correndo pela porta.

Duas horas de trem e o calor que fazia em Barcelona parecia esquentar ainda mais aqueles beijos na estaçao.
Era hora do almoço mas os dois só pensavam em si comer.
Já no quarto, a fome da outra boca era maior, e fechando a porta atrás de si ele a despiu, primeiro com os olhos, depois com as mãos, deixando o corpo de Alice exposto ao frio do ar condicionado e ao calor de seus lábios. Ele a deitou na cama e sorriu antes de começar a explorar cada milímetro dela com a boca, calmamente como quem degusta o melhor prato preparado pelo melhor cheff do melhor restaurante parisiense.

Aquele jogo oral durou horas, talvez meses, talvez ainda esteja durando, antes que ele a possuísse por completo fazendo-a enlouquecer de prazer.
O restante do fim de semana se passou naquele quarto, apenas saiam para jantar fora e voltavam. Ali dentro estava o paraíso, não precisavam buscar nada fora.

No domingo Alice voltou para casa, sorriso nos lábios, extasiada e completamente apaixonada.

Insegura, não sabia se o veria novamente, ele era imprevisivel, inconstante e transformava a vida de Alice em uma aventura enlouquecedora...de prazer.

Desde que decidi dar um up no visu o numero de cantadas aumentaram. Testei ontem e comprovei.
O creme novo que comprei me transformou de madame a mademoiselle em menos de 12 horas de uso. Aprovado pelo caixa da loja de conveniencia.
No congestionamento a mesma coisa, a muito tempo não me divirto assim, sozinha, cercada de carros parados por todos os lados, aonde esse povo todo esta indo?
Acho que a coisa vem de dentro, vem de decidir algo, você começa a exalar uma energia diferente, o astral muda e as pessoas sentem. Impressionante.
Tive um amigo que dizia que meu sonho era poder me comer a mim mesma. Não sou tao narcisista assim, pelo menos não conscientemente. Mas se bem que tenho umas uvas....hummm...bom, deixa pra la!
Nova decisão, mudar o cabelo, talvez morena de novo, ainda não resolvi, mas que algo vai mudar, isso vai.
Nao quero que isso fique parecendo algum texto barato de auto ajuda, se ficou me avisem.
O Croissant me elogiou, fiquei esperando as trombetas do Apocalipse tocarem em seguida e os cavaleiros aparecerem para me buscar, mas fiquei no vácuo. Sem drama, só o fato dele me elogiar já é algo extraordianario! Até minha relação com ele esta melhor.
Já fui taxada de tudo quanto é nome, principalmente no mundinho virtual, as vezes o fato de sermos autênticos incomoda. Sinceramente não me importo. Louca, vadia etc, etc. Obrigada por lembrarem de mim, sou como uma Deusa, quanto mais se lembram, mais poderes me dão.
Por falar em Deuses do meu panteão...
Pai Leo/Tarik definição:
Meu Zeus.Alguém completo, alguém que divide tudo comigo e eu com ele. Alguém que me identifico, me igualo. Alguém que conhece a minha essência, o melhor e o pior de mim. Alguém por quem sinto uma profunda admiração/adoração.
Acho que no fundo atraímos o mesmo tipo de energia do mundo real para o mundo virtual porque o Leo é a figura retratada do meu pai verdadeiro. Temos o mesmo tipo de relação, a mesma amizade. Obrigada por ser meu paiem e não ouse nunca me esquecer.
O virtual reflete o real que reflete o que somos por dentro. Just think...
Ps: Cade os demonios do titulo? Estao aqui do meu lado mandando um salve para a xurupita :p

Atrasada, estou toda atrasada.
Perdi a hora essa manha para levar a Petit Gateau para a escola e depois de uma briga com o Gerente de banco, mais uma hora de estrada para levar o Croissant. E mais uma para voltar.
Uma das coisas que mais gosto de fazer é dirigir pelos tapetes europeus, a 130km/h, as vezes até mais, com o som no ultimo volume e cantando, feito louca. Isso é o que eles pensam de mim quando me ultrapassam: - Regardez! Elle est folle!.
Tou nem ai, sou doida mesmo.
Banco, banco, banco... segundo dia seguido que escuto problemas com bancos, aqui e no Brasil. As vezes me arrependo de telefonar.
Banco definição: Um lugar duro para sentar, ou uma instituição financeira que te escraviza. Nos dois casos, dói a bunda, vai por mim.
No caminho de volta me veio a memoria tudo o que passei para chegar até aqui, obviamente, fui trazida por Alice, mas não me arrependo, nenhum pouco.
Foi uma fase que nosso doce inferno seria o éden perto do que vivi, vi e ouvi mas que agora faz parte do meu passado, da minha historia, do que sou.
Sim meninas daria um livro, um livro não, uma série de livros e depois um seriado americano de comédia, tipo esses que a Orquidea gosta. Quem sabe não vendo a minha vida e fico rica? *ideia*
Eu faço da minha vida uma comédia, dou risada depois, sempre. Também existem aqueles que preferem fazer drama, outros preferem um filme de terror, eu prefiro a comédia.
Benefícios do riso:
Reduz os riscos de doenças cardíacas, e um analgésico natural, massageia os orgaos abdominais, diminui o stress, ajuda a perder peso, bla bla bla wiskas sachet. Fonte rei google.
Pensar muito já não é legal, hoje pensei muito e isso da rugas, tenho 31 anos, idade de querer aparecer as primeiras rugas e apesar de ainda ter cara de 27 (ano passado era 25) estou envelhecendo, preciso correr e comprar cremes, cremes e mais cremes!
E também de uma dieta choque, e de um guarda-roupa novo.
Realmente estou atrasada, perdi muito tempo na frente do pc e recuperar isso agora, será uma maratona, tomara que emagreça...

Eu sempre avisei para a Alice que isso um dia poderia acontecer, mas ela não me escuta.

Quem tem uma Alice tem tudo, eis que...uma bela noite...roubaram Alice. Pasmem, roubaram a véia tarada! Roubaram mesmo, enfiaram a pobre no carro e levaram embora.

Tudo começou em uma semana de natal, a dois anos atrás.

Alice teve um rompante de fogo no rabo inigualável para ir visitar umas amigas que estavam na Espanha, seu lugar favorito no mundo.

Ela alegou saudade mas na verdade era uma desculpa para ir fazer merdas, porque era só nisso que ela pensava.

O bofe da Alice tinha um amigo, um espécie de Blue eyes dela na época, perfeito, mas uma das únicas vezes em que Alice deixou o pais das maravilhas no mundo imaginário.

Eu já disse que o hobby preferido da minha amiga é observar seres do sexo oposto e fantasiar coisas absurdas sobre eles, pois bem, esse era ´´O Cara´´.

A gentileza e a perfeição desse ser era tanta, mas tanta, que Alice se questionava se aquela Coca não era Fanta e com isso, preferiu manter distancia.

Sabia vestir-se como ninguém, ia buscar Alice em casa todas as manhas para correrem juntos, iam ao cinema juntos, fazia compras juntos e ele não reclamava! Estava sempre impecável, sabia cozinhar, era bonito demais para ser real, enfim, tudo o que sempre sonhamos em encontrar em um homem, sonhamos tanto que quando vemos a coisa ali, na nossa frente, duvidamos.

Como sempre faziam tudo juntos, ele se ofereceu para levá-la de carro ate seu destino na viagem.

Alice aceitou, poderia ser uma experiência divertida e ela poderia até mesmo descobrir qual era a desse cara.

Seu namorado não se importou, ele também se questionava sobre a sexualidade do amigo. E no dia e hora marcados, lá foram eles.

A viagem seguiu tranquila, divertida. Eles pararam na primeira cidade, dormiram na casa de uma amiga, tomaram um vinho a noite e continuaram na manha seguinte, tudo perfeitamente normal.

Alice foi deixada em seu destino. Verão, praia, turistas...ou seja, a bela vida.

O combinado era de seu namorado e esse amigo buscá-la no próximo fim de semana. Ela teria tempo de curtir as ferias, rever os amigos e aprontar tudo o que queria. E aprontou...uh la la, como aprontou.

Da primeira noite ela se lembra de alguns flashes, um cara, a cama de sua amiga e uma ressaca miserável no dia seguinte. E foi assim, durante toda a semana, baladas e mais baladas...a cidade estava fervendo, não havia como parar.

O ultimo dia chegou, e os meninos também. O trio resolveu passar antes de ir embora em um bar de amigos e novamente a festa começou, por insistência de sua amiga, Alice e o namorado resolveram ficar mais um dia, dava tempo de chegar até a ceia na casa da família dele no dia seguinte e ainda curtir mais uma baladinha. Mas quando a decisão foi comunicada ao amigo, o que o casal presenciou foi um piti digno da Vera Verão.

Tentando acalmar os ânimos entre os dois machos (machos mesmo?) presentes, Alice aceitou o pedido do tal amigo perfeito em levá-lo até a saída da cidade. Ele pediu para ir dirigindo, até ai, ok, sem problema. O problema apareceu mesmo quando ele passou a saída da cidade, e passou os primeiros 50 km com a pobre dentro do carro, desesperada.

Digamos que Alice realmente viu a avo pela greta naquela noite, cada km avançado pelo carro mais ela se perguntava como iria sair dessa. Tentou dialogar, em vão,tentou gritar, em vão, pensou em pular...tá louca?

Foi quando ela teve a brilhante ideia de olhar o medidor de combustível, não tinha muito e fingindo-se de conformada lembrou o condutor de parar para abastecer.

Sem escolha, ele parou, uns 30 km para frente em um posto 24 horas e foi quando Alice, que é campeã de fugas saiu do carro correndo e entrou no banheiro do restaurante.

Sem escolha novamente, nosso ´´ladrão de muié ´´foi embora, deixando Alice que tremia, escondida, em um banheiro de beira de estrada.

Com a ajuda de um funcionário, ela chamou um táxi voltando para a cidade, pensando em reencontrar seu porto seguro que estava sendo jogado para fora da danceteria por 3 seguranças brucutus. Ele havia passado a mão na bunda de alguém. E foi nesse instante, exactamente nesse instante que Alice se arrependeu de não ter terminado de ser roubada.

Como toda historia tem que ter uma moral, lá vai: Se você minha amiga for roubada por um bofe lindo, deixe-se levar, vai por mim, será melhor.

A Naty quer conhecer a figura, Alice. Mas é por essas e outras que não aconselho. Aonde ela vai, da merda.

Naty definição: Nora preferida, e no momento a única. Falante, omg como fala essa minha nora. Mas gosto do que ela diz, e de sua voz rouca. Naty é pra cima, é alto astral, teimosa e brava. Enfim, ela tem todas as qualidades que admiro em uma mulher, personalidade, opinião própria, carácter e brilho. A namorada perfeita para a minha filhota Kinder ovo. Amo vocês duas, admiro o amor de vocês duas e confesso, as vezes até invejo um pouquinho, mas só um pouquinho porque sei que a Alice não possui uma alma gemea, ela é mil almas confusas em uma só.